O CLÁSSICO “O MORRO DOS VENTOS UIVANTES”, DE EMILY BRONTË CHEGA ÀS LIVRARIAS EM VERSÃO BILÍNGUE.
Editora Landmark traz mais um sucesso da literatura mundial aos leitores brasileiros no ano em que se completa 160 anos de seu lançamento.O único romance escrito por Emily Brontë, O MORRO DOS VENTOS UIVANTES, foi publicado em 1847 e atribuído a um certo “Ellis Bell”. Pseudônimos literários eram comuns na época, e usados principalmente por escritoras que aspiravam à consideração séria dada aos correspondentes masculinos. Como de hábito, grassavam debates sobre a identidade do autor. Um ano antes, as três irmãs Brontë – Charlotte, Emily e Anne – haviam publicado uma coletânea de poemas em nome de “Currer, Ellis e Acton Bell.
Nos círculos literários ingleses era crença generalizada que as ”Irmãs Brontë” e os “Irmãos Bell” fossem as mesmas pessoas. No entanto, o simples crédito deu margem a
controvérsias: que “Bell” seria, realmente, qual das irmãs Brontë? Para complicar o assunto, alguns leitores garantiam que os três pseudônimos, na verdade, pertenciam a Charlotte. Já outros sugeriam que os demais pseudônimos “Bell” não se relacionavam com nenhuma das irmãs, e serviam de camuflagem para algum outro escritor.
Até a morte de Emily, em 1848, ela ainda não havia sido oficialmente reconhecida como a autora de O MORRO DOS VENTOS UIVANTES – o que só aconteceu em 1850, quando a segunda edição do romance saiu com seu nome. Críticos da época reagiram com
indiferença à obra, comparando-a desfavoravelmente como Jane Eyre, de Charlotte Brontë, enquanto outros achavam o livro excessivamente mórbido e violento.
Finalmente, a reavaliação crítica gradual – encabeçada por Charlotte – resultou no reconhecimento do gênio de Emily e na aceitação do O MORRO DOS VENTOS UIVANTES como uma obra-prima singular, representando um distanciamento radical de tradição vitoriana de romance.
Enquanto outros trabalhos contemporâneos eram densamente povoados, este tinha objetivos estreitos: enquanto outros se baseavam em ações complexas, geralmente tortuosas, Ventos Uivantes era livre de cenas arquitetadas, resultando seu drama do choque de vontades. Uma rica mistura de romantismo e realismo, ele transborda de paixão, turbulência e misticismo – “o horror” – conforme observou Charlotte – “da grande escuridão”.
O MORRO DOS VENTOS UIVANTES já foi adaptado mais de vinte vezes para o cinema, rádio e TV. A versão de 1939 é a mais reconhecida, tendo Laurence Olivier, David Niven e Merle Oberon, como as personagens principais, ganhadora do Oscar de melhor fotografia e indicado para outras sete premiações; as versões mais recentes são as de 1992, estrelada por Juliette Binoche e Ralph Fiennes, e uma modernização de 2003, produzida pela MTV.
EMILY BRONTË (1818-1848): Escritora proeminente, poetisa britânica, autora do
cultuado livro "O Morro dos Ventos Uivantes" (Wuthering Heights), além de inúmeros poemas. Emily Brontë nasceu no Thornton em Yorkshire na Inglaterra, irmã mais nova de Charlotte Brontë e a quinta de seis crianças. Em 1820, sua família mudou-se para Haworth, onde o pai de Emily foi um curador, e nestes arredores o seu talento literário floresceu.
Depois da morte de sua mãe, as três irmãs e o seu irmão Branwell criaram terras imaginárias (Angria, Gondal, Gaaldine), que aparecem nas histórias que eles escreveram. Poucos dos trabalhos de Emily neste período sobreviveram, exceto por
alguns poemas. Ela publicou, então, sua única obra em prosa, O MORRO DOS VENTOS
UIVANTES, em 1847.
Embora primeiramente tenha recebido estranhas críticas, o livro tornou-se um clássico da literatura inglesa. Recebeu quatro versões oficiais no cinema e inúmeras adaptações. Faleceu em 19 de dezembro de 1848, vítima de tuberculose.
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