sábado, 9 de abril de 2011

# Resenha: O Pacto

Título: O Pacto
Autor: Joe Hill
Tradutor: Barbara Heliodora e Helen Potter Pessoa Editora: Sextante
Número de Páginas: 317

Devo dizer que me apaixonei por Joe Hill desde que li esse livro. Apesar de ter resenhado "Estrada da Noite" primeiro, "O Pacto" foi o início da minha obsessão pelo filho de Stephen King. Eu não sei o que ele faz, mas a escrita é feita de tal forma que mesmo quando a cena é forte, eu não quero parar de ler. Em "O Pacto" isso não seria diferente. Com seus personagens problemáticos, agora é a vez de Ignatius Perrish.

O exemplo da família. Ia na igreja, tirava notas boas, tocava instrumentos musicais. Ig - como é conhecido -, só não esperava que uma catástrofe acontecesse em sua vida. Sua amada namorada, Merrin, é encontrada estuprada e morta. Agora imagina quem é o suspeito? No livro é bem específico que não a qualquer prova que isso é verdade, mas como acreditar em outra coisa, que a última pessoa que Merrin viu antes de morrer foi Ig?

Um ano depois, o cara, depois de uma bela resaca acorda com chifres na cabeça. Não aqueles discretos - não que chifres de qualquer modo sejam discreto -, da Lady Gaga, mas do tipo "sou filho de uma vaca" - vaca de chifre? E o pior - ou melhor? -, de tudo, as pessoas elas não se assustam com os ornamentos de sua cabeça, mas sim, entram numa espécie de hipnose e é aí que toda magia acontece, as pessoas sentem vontade de falar toda verdade e qualquer verdade, até os piores segredos e pecados que já cometeram ou tem o desejo de cometer.

O médico, a secretária do médico, o padre, a freira, uma criança, os próprios pais de Ig, ninguém consegue ficar sem contar seus piores desejos. Mas, para Ig, a pior confissão é a de seu irmão, que sabia a todo momento sobre a morte de Merrin, mas não podia contar. Até o surgimento dos cifres, claro.

Coisas surpreendentes começam a acontecer e aí aque Ig vê a oportunidade de achar o verdadeiro culpado pela morte de sua amada namorada.

Joe Hill - como já disse e não vou me cansar de repetir -, é um escritor maravilhoso. Ele faz uma mistura de tempos que deixaria qualquer um confuso, mas não, muito pelo contrário. Ele conta lembranças do passado que são obrigatórias para o futuro e que são muito mais importantes para o presente. Deu para entender?

Trecho:

"Ig viu Merrin William, mas fingiu que não tinha visto: não era uma tarefa fácil, seu coração pulava dentro dele, se atirando contra a caixa torácica como umm prisioneiro bêbado furioso, investindo contra as grades da cela."

Aí eu não sabi que trecho colocar, o livro todo é muito bom.

Um comentário:

  1. olha eu li a sinopse dele e não me interessei
    mas a sua resenha está muito boa

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