sábado, 8 de dezembro de 2012

- resenha: Gil Vicente - Autos

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Gil Vicente foi considerado o primeiro e o melhor dramaturgo português. Além de poeta, no teatro teve a função de ser músico, ator e encenador. Suas obras são consideradas a imagem da mudança dos tempos e da passagem da Idade média para o Renascimento, fazendo um equilíbrio entre uma sociedade dominada por regras rígidas, para um tempo onde se pode questionar.
As obras de Gil Vicente foram influenciadas pelos temas pastoris encontrados na escrita de Juan del Encina. Em fases seguintes, as obras foram tomando sentidos mais amplos, como: o auto pastoril, a alegoria religiosa, narrativas bíblicas, farsas episódicas e autos narrativos.
O principal objetivo de Gil Vicente, talvez tenha sido relatar fatos que aconteciam na sociedade portuguesa do século XVI. Crítico, o poeta, foi também um dos maiores autores satíricos de sua língua natal.
Suas obras mais conhecidas são AUTO DA BARCA DO INFERNO, AUTO DA BARCA DO PURGATÓRIO e AUTO DA BARCA DA GLÓRIA, uma trilogia de sátiras. Logo em seguida ele escreve FARSA DE INÊS PEREIRA, que você pode até ter não lido, mas já deve ter escutado alguma coisa.
Se você quiser saber mais um pouquinho sobre esse cara irado que é o Gil Vicente, você pode colocar o nome dele no Google, ou pode clicar aqui e ler mais sobre as informações dele.
Esse livro organizado pela Cleonice Berardinelli é bem interessante. Eu vou explicar por que: eu nunca gostei muito ler obrigada, porém, quando o vestibular veio foi necessário que eu lesse alguns clássicos. Um deles foi o AUTO DA BARCA DO INFERNO. Claro que a língua daquela época era super complicada e somando isso com o fato de ser português de Portugal deixava a coisa bem mais difícil. E realmente foi muito difícil, para alguém com 16 anos entender o que um dramaturgo português do século XVI estava tentando dizer.
Quando o professor começou a explicar as intenções de Gil Vicente, a coisa ficou tão mais clara, que ao me lembrar de certas passagens, nós, os alunos, ríamos que nem retardados na sala. Ele tem uma maneira simples de colocar comédia nas críticas, que até aqueles que eram criticados, como os clérigos e os cavaleiros das Cruzadas (aqueles que se diziam lutar em nome do Senhor), riam das piadas sobre eles.
As críticas escritas eram fortes, mas tão singelas, que passavam despercebidas.
E é por isso que Cleonice faz o livro ser interessante, pelo fato de ser sobre Gil Vicente e como ela nos introduz ao livro. Claro que já que ela esta escrevendo Ensaios, a introdução é mais moldada e complexa do que a explicação de um professor em sala de aula.
Nesse livro você vai encontrar várias obras magníficas de Gil Vicente. Eu acho que, além de Dante Alighieri, Gil Vicente, é um dos melhores autores português.

5 comentários:

  1. Um clássico de autor português ? Adorei seu coment sobre ! Os livros necessários de leitura para o vestibular são quase todos brasileiros esse ano =) .
    Mas fiquei curiosa pelas escritas fortes e as singelezas que tu falou ;)

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    1. Gil Vicente é bem difícil de ler. Mas quando você para pra pensar no que ele escreve, você fica tipo, IRAAAAAADO.
      kkkkkkkkkkkkkk

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  2. A última vez que ouvi falar de Gil Vicente foi nas aulas de literatura.
    Realmente a princípio é um pouco difícil de entender...

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    1. é bem difícil de entender mesmo. É preciso ter uma interpretação bem afiada. Quando eu li, ficava pensando nas falas dos meus professores na escola, então ficava menos difícil.

      Mas é muito interessante como ele conseguia fazer piada com as pessoas e mesmo assim fazê-las rir.

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  3. Não conheço muito Gil Vicente. Já li trechos de Auto da Barca do Inferno, mas nenhuma obra completa. Pela sua resenha apesar de ser uma obra difícil a leitura vale a pena.

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